Quanto vale ou é por quilo?

Parado no trânsito, surge Milton Nascimento numa letra que há décadas não ouvia. Mega atual…

“Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes amanhã

Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Sei que nada será como está, amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de sol”

Parado em frente a um restaurante nos Jardins, vejo o cardápio na porta.

Apenas um prato como opção, preço fixo.

Dou uma espiada nas mesas e confirmo. Todos comendo filé com fritas, pareciam bem felizes.

Outro dia, conversando com um amigo, recém-chegado de Londres, ouvi seu comentário sobre uma cafeteria visitada por ele.

Você não paga pelo que consome. Paga pelo tempo de permanência na loja…

E para completar, leio sobre um restaurante de frutos do mar em Nova York onde o cardápio não traz o preço; o cliente paga o valor que considera justo.

Estamos na era da disrupção. Muita gente reclamando da Economia, da Política, dos Costumes, mas aproveitando pouco as oportunidades que esta “balburdia” nos oferece.

Percebo diariamente, que as formas de relacionamento se alternam num ritmo mais veloz do que a nossa capacidade de entendê-las e adotá-las.

E se na era digital, tudo parece virtual, frio, técnico, efêmero, surgem empresas capazes de se reinventarem em suas ofertas, processos ou até meios de pagamento.

Percebo que o Atendimento resgata a importância nestas operações.

Nos três locais citados acima, o atendimento é o diferencial. É ele que faz o filé, o café e o camarão valerem muito mais do que custam.

Lá, não se fala em Promoção. Se fala em Atenção. Nada de tensão. Apenas tesão e o gosto de sol, na boca da noite, da tarde, do dia…

Vamos tentar?